segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Visita Guiada Arte no Silêncio

Pessoal, já foi confirmada mais uma edição do passeio "Arte no Silêncio - Visitas Guiadas ao CemitérioMunicipal São Francisco de Paula" durante a Corrente Cultural 2012! 

Durante esse passeio teremos a oportunidade de desvendar as mais belas esculturas, sua simbologia e túmulos importantes do cemitério mais antigo de Curitiba! Vamos conhecer mais sobre a arte tumular, o processo de criação dos cemitérios, as personalidades importantes da história curitibana e paranaenses ali enterradas, os milagreiros... Tudo isso gratuitamente em uma visita com duração de duas horas, para turmas de até 30 participantes.




quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dossiê Religiões e Religiosidades da UFRN

CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO: Dossiê Religiões e Religiosidades

(submissão de artigos até 30 de abril de 2011)


O Dossiê Religiões e Religiosidades acolhe artigos que dialoguem com a diversidade das culturas religiosas em todas as suas dinâmicas. As práticas das religiões e das religiosidades são forjadas com a matéria da cultura, que pode ser regional, local ou universal. Estar em contato com o sagrado faz com que os homens se observem como pertencentes a um grupo, não necessariamente suas sensibilidades religiosas sejam as mesmas, visto que no campo das religiosidades o individual é determinante na relação entre o devoto e sua divindade.


Este entrelaçamento entre o oficial e não oficial faz com que os estudos de manifestações do corpus religioso tenham crescido tanto no mundo nestes últimos anos. Por um lado a religião vista como oficial, ou seja, onde as regras são convertidas em sensibilidades que vão dando organicidade a um culto coletivo, aonde o controle é arma contra as desvirtuações.


Já as religiosidades são as depositárias de prá ticas da oralidade, estando mais diretamente ligadas a ritos festivos, milagreiros de cemitério, devoções do lugar, objetos sacralizados, ciganidades, povos de terreiro, resignificações e demonstrações das práticas católicas sem a interferência clerical, ou seja, todas as relações com o sagrado que se estabelecem por cumplicidades e gestos que se constroem na cotidianidade.


Cadastrar-se como autor: http://www.periodicos.ufrn.br/ojs/index.php/mneme/user/register

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Meus votos para o próximo ano

Curiosidade: o anjo que decora este cartão é um baixo-relevo em bronze que compõe a decoração da porta de um mausoléu no Cemitério Chacarita, em Buenos Aires.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Vamos passear no cemitério?


Publicado na Gazeta do Povo em 02/11/10
Matéria Aniela Almeida | Fotos: Aniele Nascimento

Pesquisadora afirma que o Cemitério Municipal de Curitiba tem potencial para se transformar em ponto turístico

“Com a mão esquerda no bolso da calça, o jovem deixa entrever seu colete, rico em detalhes. Na mão direita, apoiada sobre a perna semiflexionada, um livro entreaberto, sinal de seu gosto pelos estudos e o desejo de aprofundá-los.” A descrição da estátua de bronze em tamanho natural, 1,88 metro de altura, feita pelo escultor italiano Alberto Bazzoni, está no livro Um olhar... A arte no silêncio, de Clarissa Grassi. De acordo com o livro, o famoso pesquisador e crítico Clarival do Prado Valladares considerou a escultura a mais significativa de todo o conjunto de obras do Cemitério São Francisco de Paula, também conhecido como Cemitério Municipal de Curitiba. Para ela, o local tem um grande potencial cultural, artístico e histórico para se transformar em um novo ponto turístico da capital.

“É um museu a céu aberto. Podemos entender o ciclo econômico e migratório da cidade. Pelas fotos é possível descobrir sobre a moda em diferentes épocas e ainda acompanhar a tendência artística e arquitetônica através da arte tumular”, diz a autora do livro lançado em 2006, quando o cemitério completava 150 anos e que traz fotos e informações sobre 54 esculturas.

A opinião de Clarissa, que atualmente é vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais, é reforçada pelo projeto desenvolvido pela ex-acadêmica de Turismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Luciane Spader. “O cemitério é uma espécie de síntese da história curitibana”, considera.

Em seu trabalho, a turismóloga sugere um roteiro para visitação com 40 atrações que valorizam a história e a cultura local, identificando e caracterizando a simbologia, a arquitetura, o paisagismo e os ilustres sepultados. Além dos mortos da Revolução Federalista de 1894, o cemitério abriga o túmulo da heroína e mártir da crença popular, Maria Bueno, um dos mais visitados, e pelos menos outras 30 personalidades identificadas pela administração do próprio cemitério. Os mausoléus não revelam apenas os estilos arquitetônicos de diferentes épocas, também simbolizam os marcos da prosperidade da cidade durante o ciclo da erva-mate.

A respeito da organização espacial do cemitério, a pesquisa de Luciana também revelou uma relação com a cidade dos vivos. O trabalho relata o projeto de reestruturação do cemitério realizado pela Assessoria de Projetos Estratégicos da Prefeitura, sob a coordenação do arquiteto Fernando Popp, que se baseou nos princípios de planejamento urbano adotados em Curitiba, desde a década de 70, para readequar o local.

Na arquitetura, o cemitério também reflete o estilo eclético e sem tendência dominante da capital. Segundo o estudo de Luciana, os mausoléus que chamam mais atenção são os das primeiras décadas do século 20, refletindo uma cidade em franca expansão. As capelas e estátuas em estilo art nouveau – com estrutura floreada e inspirada na natureza – e art déco – de construção mais linear e geométrica – se destacam, assim como as influências greco-romanas ou mesmo egípcias. “Mudando o olhar para um lugar tratado como mórbido, o Cemitério São Francisco de Paula pode ser atraente e com riquíssima história, demonstrando curiosidades existentes desde o momento de sua construção”, conclui o trabalho.

Visitação é comum em outros países
Apesar de exemplos brasileiros como o Cemitério da Consolação, em São Paulo, e o Cemitério São João Baptista no Rio de Janeiro, a exploração turística desses lugares não é uma tradição como em países europeus ou mesmo da América Latina. “Aqui a mentalidade é outra. Ainda relacionamos a morte ao sofrimento e ao luto”, diz a vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais, Clarissa Grassi.

Na Europa, um dos mais visitados é o Pére Lachaise, em Paris. Anualmente o local recebe 2 milhões de pessoas interessadas no túmulo de celebridades como Allan Kardec, criador do espiritismo, ou ainda do roqueiro Jim Morrison, vocalista da banda The Doors. Na cidade colombiana de Medellínn, o cemitério foi transformado em patrimônio cultural, onde são realizados shows pirotécnicos em noites de lua cheia. No espaço também acontece exposição de fotos e até concurso de arranjos florais, segundo Clarissa.

Para a turismóloga Luciane Spader, este tipo de turismo vem crescendo e ganhando importância, a ponto de serem organizadas viagens e excursões com objetivo exclusivo de conhecer cemitérios. Em alguns casos, inclusive, os cemitérios mais famosos criaram tours virtuais, para divulgar acervo artístico, cultural e histórico desses lugares pela internet.

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Serviço:

Um olhar... A Arte no Silêncio, de Clarissa Grassi, R$ 60, na Livraria do Paço.

Confira alguns sites sugeridos pela autora para fazer uma visita virtual:

Itália (http://www.certosadibologna.it);
Argentina (http://www.cementeriorecoleta.com.ar);
Colômbia (http://www.cementeriosanpedro.org.co);
Chile (http://www.cementeriogeneral.cl);
Estados Unidos (http://www.arlingtoncemetery.mil);
Paris (http://www.pere-lachaise.com/)